Os preços do açúcar voltaram a cair nesta quarta-feira (23), ampliando a sequência de perdas acumuladas ao longo da semana nas bolsas internacionais. A pressão negativa sobre as cotações vem sendo impulsionada principalmente por projeções de aumento na oferta global do adoçante, com destaque para a possível retomada das exportações pela Índia.
Na Bolsa de Nova Iorque, os principais contratos futuros encerraram o dia em leve baixa. O vencimento outubro/25 recuou 0,04 cent (0,25%), fechando a 16,24 cents por libra-peso. O contrato março/26 caiu 0,03 cent (0,18%), para 16,87 cents/lbp, enquanto o maio/26 também perdeu 0,03 cent (0,18%), sendo negociado a 16,57 cents/lbp. Já o julho/26 registrou queda de 0,04 cent (0,24%), fechando o dia a 16,46 cents/lbp.
Em Londres, os preços oscilaram entre leves altas e baixas, próximas da estabilidade. O contrato outubro/25 caiu US$ 0,80 (0,17%), para US$ 471,40 por tonelada. O dezembro/25 recuou US$ 0,30 (0,06%), encerrando em US$ 462,10/tonelada. O março/26 subiu US$ 0,20 (0,04%), sendo negociado a US$ 464,30/tonelada, enquanto o maio/26 teve leve baixa de US$ 0,10 (0,02%), cotado a US$ 466,10/tonelada.
Os preços açúcar ficaram sob pressão na quarta-feira devido à informação de que a Índia pode aumentar suas exportações de açúcar, após uma reportagem da Bloomberg afirmar que o país poderá permitir que usinas locais exportem açúcar na próxima temporada, que começa em outubro. A medida seria possível graças às chuvas abundantes da monção, que podem resultar em uma safra volumosa. Segundo o Departamento Meteorológico da Índia, a precipitação acumulada até 21 de julho está 6% acima da média histórica.
As estimativas reforçam a tendência de baixa. Em junho, a Federação Nacional das Fábricas Cooperativas de Açúcar da Índia projetou uma produção de 35 milhões de toneladas para a safra 2025/26, alta de 19% em relação à temporada anterior, que teve queda expressiva de 17,5% na produção, segundo a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA).
A expectativa de superávit também contribui para o cenário de pressão nos preços. A corretora Czarnikow estimou, em 30 de junho, um excedente global de 7,5 milhões de toneladas de açúcar para a temporada 2025/26 — o maior em oito anos.
Fonte:
Notícias Agrícolas